terça-feira, 16 de abril de 2013

Atenção pais: bastam 15 minutos


Um quarto de hora por semana de dedicação aos mais pequenos é suficiente, assegura o psicólogo Joaquim Quintino Aires, autor do livro “15 Minutos com o Seu Filho”. O autor garante que, se os pais seguirem as técnicas de psicoterapia que descreve no livro, pouparão tempo e dinheiro em futuras consultas de psicólogo para os filhos.
Na obra, o psicólogo clínico, assegura aos pais que, se seguirem as técnicas de psicoterapia que aconselha, evitarão que se manifestem problemas como a hiperactividade, a agressividade excessiva, a insegurança, a depressão, a dislexia e o insucesso escolar, e verão os filhos transformarem-se em adultos autónomos e independentes.
Divididas por idades, desde os 0 aos 20 anos, as estratégias de comunicação entre os pais e filhos que o psicólogo propõe vão-se tornando menos práticas à medida que a criança cresce. “É como fazemos nas consultas: com o adolescente sentamo-nos no sofá e conversamos, com uma criança sentamo-nos no chão com ela e com um cesto de brinquedos e brincamos”, explica o psicólogo, doutorado em Psicolinguística.
Se o seu filho não se mostrar receptivo ao exercício, o psicólogo sugere que o pressione, mas não sem antes considerar se o está a abordar da forma correta: “Aconselhei um jovem que me dizia: ‘O meu pai faz-me sempre as mesmas perguntas, sobre a escola e as namoradas. Já não aguento mais ouvi-lo’.” Por muito boa que seja a intenção dos pais, sublinha que às vezes são os responsáveis pelo afastamento dos filhos.
Além disso, o especialista revela que a psicopatologia nas crianças aumentou intensamente nos últimos cinco anos, porque elas passam cada vez mais tempo na Internet ou na PlayStation. “Só nos desenvolvemos quando estamos fisicamente com outros adultos”, alerta o psicólogo.
Por isso, o papel dos pais passa por limitar o tempo dos filhos no computador e nas consolas de jogos.
Neste livro, o psicólogo aborda temas que poderão surpreender os pais. Por exemplo, não se preocupe com as brincadeiras que à primeira vista parecem agressivas. Se o seu filho lhe apontar uma pistola de brincar, caia para o lado e finja-se morto. Não desespere, porque ele não tem nada contra si, está só a mostrar-lhe como é forte.
“Os pais protegem excessivamente as crianças, tanto que há algumas pessoas que ainda vivem na casa dos pais aos 30 anos, porque não desenvolveram a estrutura psicológica para lidar com a vida real”, conclui o autor.


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